terça-feira, setembro 30, 2008

Algumas democracias funcionam mesmo

As notícias a imprensa de ontem da recusa por parte do Congresso americano de financiar a actual crise, sugere a ideia que na América, alguns eleitos, a maioria deles neste caso, respondem ainda perante os seus eleitores e não perante a vontade do governo ou dos partidos. A democracia na América funciona.

Sugere também que na América algumas pessoas compreenderam que a crise surgiu de uma combinação letal entre o populismo governamental que quer que todos tenham a sua própria casa mesmo não tendo meios de a pagar, e a ganância dos gestores que querem resultados a curto prazo e a todo o custo, mesmo hipotecando o futuro das empresas que gerem.

No passado recente, foram de um modo geral os accionistas que pagaram o excesso de confiança. Lembremo-nos da famosa "exuberância irracional", provocada pela bolha informática de má memória. 

Na Europa os bancos hipotecários são agora as vítimas do sub prime que fomentaram e é lamentavel que os governos os estejam a ajudar, sem a mínima preocupação de como estes dinheiros dos contribuintes serão aplicados. 

Bem sei que os tempos são outros, as economias estão todas ligadas, a bolha é gigantesca, e todos iríamos sofrer. Mas é fundamental hoje manter a cabeça fria, deixar os mercados ajustar, o que demorará duas ou três semanas, talvez mais de um mês, e só então, mas só então, apresentar um pacote para a crise.

A pressa com que se estão a anunciar medidas (e o facto de faltar um mês para as eleições americanas), está a fazer com que se perca a cabeça em precipitações, e mais uma vez se ajudem as políticas populistas e os banqueiros gananciosos e causadores da crise a sair por cima, prontos para outra.

sexta-feira, setembro 26, 2008

"A Força da Mudança"

O novo slogan do PS é patético. Mudança? Porquê? Então o Primeiro Ministro não passa a vida a garantir que estamos no bom caminho e que não se vai desviar um milímetro do rumo que traçou? Por quê então o slogan da "Mudança"? Está-me a parecer que o grande estadista quis imitar o "Change" do Obama sem medir bem as consequências.
PS: Como já disse anteriormente, não gosto do Obama, que considero uma criação artificial dos media. Mas não posso deixar neste momento de dizer que de modo algum me satisfaz o seu opositor, apesar de estar muitos pontos acima do novo messias.

segunda-feira, setembro 22, 2008

Mais um sinal do fim do regime?

O jornal Publico acusa a Alta Autoridade para a Comunicação Social de lhes sonegar e censurar informação importante sobre um processo em que está pessoalmente envolvido o Primeiro Ministro. Ninguém se demite. Ninguém é demitido. Exemplar!

segunda-feira, setembro 08, 2008

Os europeus a caminho de mais um grande desgosto?

USA Today: Mc Cain - 54%, Obama - 46%

sexta-feira, setembro 05, 2008

They all Love Obama, they all Hate Palin

A relação de amor/ódio que os media americanos e os seus seguidores por todo o planeta tem por Obama e Palin, é de tal modo descabida, que vai fazer muita gente até aqui inocente, realizar que a agenda mediática que tem um enorme poder na formação da opinião publica, não obedece a nenhuns padrões de escrutínio ou isenção intelectual, mas que resulta antes pelo contrário de arranjos de corredor, de esquemas, e de negócios estranhos, entre todos aqueles que vivem de e à volta do poder: jornalistas e políticos.

Nem uns nem outros se poderão queixar do desinteresse das pessoas pela política, ou do desprezo com que tratam a "informação" que deles recebem.