domingo, outubro 08, 2006

Já há 300 Milhões de Norte-Americanos

Os EUA atingem por estes dias a população de 300 milhões de habitantes.

Nasce um americano em cada 8 segundos e entra um novo imigrante em cada 30 segundos. Porquê esta taxa de natalidade, e porquê esta taxa de imigração?

Porque as pessoas acreditam no futuro da América,
e porque acreditam no futuro, fazem filhos, e porque acreditam no futuro, querem ir viver para lá.

As pessoas não fazem filhos na Europa. Para os europeus, as taxas de natalidade, ou de crescimento económico, experimentadas pela América fazem parte de um mistério inexplicável e inquestionável, do qual é melhor nem falar. A Europa está envelhecida, egoísta, e comodamente sentada a explorar as gerações futuras, com medo de introduzir alterações que ponham em risco o sistema. A palavra capitalismo tem para os europeus um sentido pejorativo. A palavra liberalismo, que vem normalmente acompanhada do infame prefixo neo, é tratada do mesmo modo. Ninguém quer mexer nos direitos adquiridos, na tranquilidade da nossa vidinha. E no entanto, graças ao tal malfadado capitalismo e liberalismo económico, na América e por esse mundo fora, cresce-se a taxas entre 5 e 10%. Nós, pobres imbecis, ficamos contentes por crescer 1%, e discutimos as décimas com o à vontade de peritos económicos.

O inevitável aparecimento de movimentos radicais de recusa do sistema tem sido aceite com bonomia se vier da esquerda, e com alarme se vier da direita. E no entanto esses movimento terão tendência para alastrar, quando as populações começarem a sentir na pele os efeitos da paralisia, sobretudo por todos aqueles que não fazem parte dos beneficiados do sistema, ou protegidos por uma qualquer corporação de interesses.

Os partidos que (por enquanto) ainda contam, estão entretidos a partilhar o poder e a dividir as poucas benesses que o mesmo poder ainda lhes dá. Por exemplo, ninguém ao centro, do PSD ao CDS, critica o Partido Socialista actualmente no poder, por ter paralisado a economia, e sobrecarregado os portugueses e as empresas com ainda mais impostos, para resolver um problema interno do estado que se apresenta como sendo de todos nós. Que é engolido pela população como sendo de todos nós. O hipotético despedimento de 200.000 excedentários da função pública, que mais não fazem do que trocar papeis e onerar o orçamento do estado, é encarado com horror, e nunca como uma oportunidade de colocar 200.000 pessoas no mercado de trabalho, nos negócios, na iniciativa individual privada. Que fazer?

Do novo governo da Suécia, ontem anunciado, constam alguns nomes que poderão fazer a diferença para esse país, e por cópia (mas só daqui a dez anos) para nós também. Haja esperança.

Etiquetas: ,