domingo, maio 22, 2005

The Voice of the Dolphins de Leo Szilard, ed. Stanford University Press, 1992, 182 páginas .

Descobri Leo Szilard, cuja existência confesso que desconhecia por completo, através de um livo de Georg Picht, professor na Universidade de Heidelberg, traduzido do alemão para o francês, e intitulado "Reflections au Bord du Goufre", (ed. Robert Laffont, 203 páginas, 1970, edição original intitulada "Der Mut Zur Utopie" ed. R. Piper and Cº Verlag, Muenchen, 1969) que em 1971, data em que o comprei me revelou pela primeira vez a terrível catastrofe do holocausto nucear, e da explosão demográfica.

Este livro esteve esgotado durante anos e encontra-se disponível aqui, para compra, graças a uma edição universitária.

Agora que Einstein está na moda, por se celebrar o centenário da data da publicação da sua teoria da relatividade restrita, convém recordar a personalidade do homem que convenceu o seu compatriota emigrado Albert Einstein, um pacifista convicto, mas já então o que chamariamos hoje de uma celebridade, a escrever a carta para o Presidente Roosevelt que originou o projecto Manhatan, que deu origem à primeira bomba nuclear, que ao explodir em Hiroshima fez termirar a segunda Guerra Mundial, e iniciar a Idade Nuclear.

Leo Szilard é uma personalidade absolutamente fascinante. A Voz dos Golfinhos é uma alegoria futurista onde uma instituição de pesquisa molecular austriaca, consegue estabelecer contacto com um grupo de golfinhos, aprendendo a sua linguagem e comunicando com eles, e acabando por ser o intermediário mais credível numa confrontação entre Americanos e Soviéticos, que não leva a uma confrontação nuclear devido à superioridade intelectual dos golfinhos, que ensinam as partes envolvidas a resolver inteligentemente a questão. Relido agora o livro ainda é mais curioso, por nos levar para o Iraque, a crise do petróleo, a emergência da China como potência mundial, e os problemas derivados do desarmamento.