O Codex 632 de José Rodrigues dos Santos
Raras vezes leio romances.
Acho até que a arte do romance, tal qual a conhecemos, acabou no final do século vinte, mas estou disposto a fazer já uma excepção para Mário Vargas Llosa.
Na literatura portuguesa considero Saramago um bom escritor mas vazio de ideias. O seu Nobel não me impressiona. Quero mesmo dizer vazio de ideias. Lobo Antunes é um pedante insuportável.
Nas férias gosto de ler livros de férias. Do tipo Equador de Miguel Sousa Tavares (lê-se para passar o tempo, sem mais, e nem compreendo o fascínio que o livro e o autor exercem sobre as mulheres mais excitadas), e o Código DaVinci, um livro interessante até à pagina cinquenta e tal, e depois uma repetição infindável dos mesmos acontecimentos até ao final previsível. O sucesso alcançado pelo livro é para mim um mistério total, e tem mais a ver com a publicidade bem conduzida , que com qualquer outra coisa.
Foi por isso com surpresa que li ontem, de um só folêgo, o recentemente publicado Codex 632 de José Rodrigues dos Santos, (esse mesmo o do Telejornal), que me foi oferecido por uma amiga compadecida com a minha dolorosa convalescência.
Motivado seguramente pelo sucesso da trama do Código DaVinci, e baseado no mesmo tipo de argumento, o livro é muito mais bem estruturado e feliz. Sóbrio, ainda que ligeiro, mas bem escrito, um tema bem português, uma acção que apesar de parecer escrita para o cinema, não perde qualidade. É sem dúvida um excelente livro de férias, cuja leitura recomendo.
Acho até que a arte do romance, tal qual a conhecemos, acabou no final do século vinte, mas estou disposto a fazer já uma excepção para Mário Vargas Llosa.
Na literatura portuguesa considero Saramago um bom escritor mas vazio de ideias. O seu Nobel não me impressiona. Quero mesmo dizer vazio de ideias. Lobo Antunes é um pedante insuportável.
Nas férias gosto de ler livros de férias. Do tipo Equador de Miguel Sousa Tavares (lê-se para passar o tempo, sem mais, e nem compreendo o fascínio que o livro e o autor exercem sobre as mulheres mais excitadas), e o Código DaVinci, um livro interessante até à pagina cinquenta e tal, e depois uma repetição infindável dos mesmos acontecimentos até ao final previsível. O sucesso alcançado pelo livro é para mim um mistério total, e tem mais a ver com a publicidade bem conduzida , que com qualquer outra coisa.
Foi por isso com surpresa que li ontem, de um só folêgo, o recentemente publicado Codex 632 de José Rodrigues dos Santos, (esse mesmo o do Telejornal), que me foi oferecido por uma amiga compadecida com a minha dolorosa convalescência.
Motivado seguramente pelo sucesso da trama do Código DaVinci, e baseado no mesmo tipo de argumento, o livro é muito mais bem estruturado e feliz. Sóbrio, ainda que ligeiro, mas bem escrito, um tema bem português, uma acção que apesar de parecer escrita para o cinema, não perde qualidade. É sem dúvida um excelente livro de férias, cuja leitura recomendo.
<< Página inicial