quarta-feira, junho 08, 2005

Mais incompetentes na politica

Segundo o Portugal Diário:

O Governo deverá aprovar hoje, em Conselho de Ministros, uma proposta que prevê o fim das subvenções vitalícias para titulares de cargos políticos, prevendo a salvaguarda de direitos adquiridos para deputados com 12 anos de mandato.

A medida sobre o fim das subvenções vitalícias foi anunciada pelo primeiro-ministro, José Sócrates, em Maio, no último debate mensal na Assembleia da República, e será integrada no mesmo diploma que passará a proibir a possibilidade de titulares de cargos políticos acumularem integralmente uma reforma e um vencimento.

Com a aprovação da proposta de lei, um titular de cargo político terá de optar entre receber um terço do seu vencimento mais a reforma, ou um terço da sua reforma mais o vencimento - situação que fonte de executivo assegurou à agência Lusa que se aplicará aos casos concretos dos ministros das Finanças, Luís Campos e Cunha, e das Obras Públicas, Mário Lino.


O problema não está em os titulares dos cargos politicos ganharem demais, como o governo nos está a fazer crer.

O problema está em titulares de cargos de responsabilidade ministerial virem dar lições de moral sobre a idade da reforma, quando tem reformas imorais desde os 50 anos. E estas reformas são imorais porque são praticadas por empresas públicas, (Banco de Portugal e IPE) em cargos de nomeação política, quando seriam impossíveis de praticar por qualquer empresa privada que tenha uma Assembleia Geral de accionistas a quem prestar contas.

Com um declarado intuito moralizador o governo deu recentemente dois maus exemplos: a promoção da delação, e a promoção da mediocridade.

Salva-se pelo menos pela moralização das reformas dos deputados, um escândalo nacional em que nenhum partido tinha tocado.

E a propósito: se estas medidas não são governar para os média, o que é governar para os média?