terça-feira, janeiro 09, 2007

Culturas de alho perto de Kakku



Regar culturas à mão desta maneira, já não existe em lado algum, excepto nesta região perto de Kakku, um lugar onde também ainda não chegou o plástico, e onde se encontra um maravilhoso e intacto pagode com mais de duas mil stupas, um local remoto e sem ninguém. Para lá chegar são quatro horas de carro desde o lago Inlé, numa estrada muito estreita e de mau piso como todas as estradas da Birmânia.

Passamos por Taunggyi (a antiga Hildebrand da colonização inglesa) onde recolhemos uma guia. Depois da pacificação do Shan State, o governo central obrigou-se a não deixar ninguém entrar na zona sem ser acompanhado por um guia nomeado pelo governo local. Cabe ao povo Pa-ho (ler Pôô), os habitantes originais de Kakku, essa tarefa. Vestem uns trajes únicos de fazenda grossa preta debruados a vermelho vivo. Muito ouro nas orelhas e pescoço. A nossa guia muito viva e atenta, falava inglês correctamente, e dizia ter uma licenciatura em física nuclear. E talvez porque tenha nascido no mesmo dia e ano da minha filha, simpatizámos logo com ela.

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