quarta-feira, janeiro 10, 2007

Descaradamente na Caça à Multa

Hoje vi um automóvel da marca Nissan, de cor branca, sem qualquer tipo de identificação externa, com dois policias, desta vez da PSP, fardados lá dentro.

Julgávamos todos saber que o melhor dissuasor da prevaricação rodoviária ou até do crime, seria a presença da polícia nas ruas ou nas estradas, ou em qualquer local público. A simples presença da polícia, seria suficiente para acalmar os ânimos dos mais destemidos, para evitar tantas e tantas situações que depressa se tornam irremediaveis. A simples presença da polícia, como acontece em qualquer país do mundo, civilizado ou não civilizado. Pois não.

Aqui entre nós, nesta pequena parvónia, é bem diferente. Sabemos que os altos dirigentes das nossas polícias não pensam assim.

A polícia pelos vistos tem de ser secreta. Andar escondida. Aparecer de flagrante. Caçar o desprevenido. Autuar sem aviso.

Esta situação foi perfeitamente descrita nos livros de Orwell sob o tema do Big Brother.

Revela uma mentalidade repugnante e perigosa. Que deve ser denunciada e combatida com a maior veemência. A ela está subjacente a ideia do Estado omnipresente, espião e castigador. A ideia de que os polícias estão separados dos cidadãos, porque andam escondidos entre estes. Um nojo.

O maior desafio deste século é mesmo o da lenta, progressiva e asfixiante restrição da Liberdade.

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