quarta-feira, janeiro 31, 2007

Sócrates vai à China

Sócrates vai à China acompanhado de não sei quantos empresários, e a viagem parece-me bem agendada para que ele possa poder fugir às discussões sobre o aborto. O Ministro Manuel Pinho declarou na TSF que ia abrir uma linha de crédito de trezentos milhões de euros para os empresários portugueses investirem na China.

É-me indiferente que os empresários portugueses invistam na China ou onde melhor lhes aprouver, mas esta de serem todos os portugueses através dos seus impostos a financiarem a deslocalização de fábricas para a China, porque é disso que se trata, e isso aparecer como uma vitória do governo, parece-me idiota demais.

Quando se tem um Primeiro Ministro que é um idiota, é normal que todo o elenco governativo também o seja, porque ninguém de nível aceita trabalhar para um idiota, e um idiota que receia ter colaboradores com mais nível do que ele, nunca escolhe os melhores.

Como podemos nós impedir que os idiotas, ou os incompetentes, nos governem? Está é uma questão maior da cidadania, e há mais de dois mil anos que é discutida. Sócrates e Platão que foram os primeiros a abordar a questão, achavam que o problema se resolvia se fôssemos governados por filósofos-reis. O mesmo tema é recorrente em Aristóteles, Cícero, ou ainda Thomas More, numa lista infindável de pensadores até aos dias de hoje. Há mais de dois mil anos que esta que esta questão se repete sempre, e sem solução aparente.

Excepto se reduzirmos o poder do Estado
. Só e apenas se reduzirmos o poder do Estado, reduzimos a possibilidade de os idiotas (e os incompetentes), poderem fazer demasiado dano. É assim tão difícil compreender isto?

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