terça-feira, novembro 07, 2006

É Fartar Vilanagem!

A apresentação do Orçamento do Estado para 2007 é uma ocasião única para assistir ao vivo à mediocridade que reina no país, quer do lado do governo quer de todas as oposições. Os argumentos de um lado e de outro são fracos, demagógicos e ignorantes, e as soluções para os problemas do país, é hoje claro, que não passam pelos líderes dos partidos representados na Assembleia da República. Porque nenhum deles consegue enxergar para fora da jaula mental criada pelo Estado Social que os emprega. E é mais chocante ainda essa mentalidade vinda dos partidos à direita dos socialistas.

Há duzentos anos atrás quando alguém estava doente chamavam-se os físicos e os padres, e receitavam-se sangrias e missas. O doente morria mais depressa mas ia confortado.

Mas nessa época não se sabia mais, e vivia-se na superstição.

Agora passa-se exactamente a mesma coisa. Vive-se na superstição de que só o Estado conhece as curas para os nossos males. Vamos morrer depressa mas iremos por isso mais confortados?

Como em nossas casas a cura passa por cortar na despesa, cortar na despesa, cortar na despesa, sendo o resto paliativos. Apontar o dedo aos lucros da banca, uma das poucas actividades realmente competitivas, é auto-destrutivo. É imbecil mesmo. É dar um sinal aos empreendedores que a seguir vão eles, se tiverem sucesso. O planeamento fiscal no próximo ano ainda será mais caro, porque mais sofisticado. E ninguém sabe mais disso que os bancos. Punir as empresas com mais impostos e mais burocracia tornará mais difícil a criação de emprego. Os idiotas da jsd não entendem isso quando fazem anúncios por toda a cidade reclamando contra os recibos verdes? Também estão contra a precaridade, ao lado do PCP? Não entendem que o emprego não se cria por decreto? Até os sindicalistas na Escandinávia já perceberam isso, mas os jotas não.

Somos os últimos da Europa, e tragicamente vamos sendo sempre dos últimos à medida que a Europa se vai alargando. Copiamos os erros dos que nos precederam, e olhamos embevecidos para lideres do calibre de um Mário Soares, ou até mesmo de um Carvalho da Silva, ou Jerónimo de Sousa que deviam ser serventes de pedreiro se houvesse justiça na Terra.

Ou será o sistema que está montado que nos torna assim? Há um país que trabalha, que é culto, que progride, mas que é puxado para trás por estes idiotas que nos governam, e que entretanto se governam, alimentados por uma classe de jornalistas parasitas, num sistema fechado, auto-sustentado e autofágico. Que vão todos à merda é o que lhes desejo.

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