domingo, março 25, 2007

Cinquenta anos de integração europeia

Cinquenta anos sem guerra civil, cinquenta anos de modesto progresso económico dedicados a transformar a sociedade europeia num futuro centro turístico para asiáticos ou americanos, mas cinquenta anos de paz. Cinquenta anos sem ambição1 que não seja a de fazer crescer o estado dito social, mas cinquenta anos de livres movimentos de pessoas e de capitais, que poderão transformar Portugal, um dia, num país civilizado.

A Europa tem um grave problema económico (crítica do capitalismo, mas sem que alguém apresente qualquer alternativa plausível, a Europa não se pode surpreender da sua crónica falta de crescimento), demográfico (envelhecimento da população e falta de natalidade), religioso (feita pelo cristianismo tornou-se laica e excessivamente tolerante para com todas as religiões em plano igual), político ( sem líderes e sem identidade própria, e sem saber qual o seu lugar no mundo).

Apesar disso ninguém, sobretudo por aqui, pode ser crítico hoje da ideia da Europa. A Europa é o nosso futuro colectivo, e é a única coisa que temos. E se continua a saber a pouco a culpa é exclusivamente nossa.


1. Estão quase a passar dois anos sobre o não francês e holandês à constituição europeia e não há nada para apresentar ou discutir de novo.
Não há memória de uma potência económica ter sobrevivido aos seus competidores sem apresentar uma forte componente militar. Estamos longe disso.