domingo, dezembro 04, 2005

Beneficiários com processamento de rendimento social de inserção (RSI)

Segundo o Boletim Estatístico da Direcção Geral de Estudos, Estatística e Planeamento do Ministério do Trabalho e da Segurança Social, de Setembro de 2005, (o ultimo disponível), a progressão em doze meses do número de beneficiários do RSI foi a seguinte:

2004:
Ago - 37.751
Set - 45.633
Out - 56.230
Nov - 69.734
Dez - 75.992

2005:
Jan - 87.708
Fev - 92.325
Mar - 106.540
Abr - 114.760
Mai - 127.286
Jun - 132.615
Jul - 136.616
Ago - 145.283

Isto é, quase que quadruplicou num ano.

A pergunta que faço é simplesmente a seguinte: Quando é que isto vai parar?

Sei de primeira mão de uma história de uma mãe solteira caboverdiana com emprego estável e papeis regularizados, a quem foi proposto este ano numa Junta de Freguesia (de Sesimbra) que se inscrevesse no RSI. Só assim ela poderia beneficiar não só do RSI, como eventualmente receber uma casa da Câmara (porque só há casas da Câmara para quem não tenha rendimentos do trabalho), e, subentendo eu, poder talvez dedicar os seus tempos livres à prostituição, ou outra profissão liberal em que não tenha de passar recibos e contribuir para a Segurança Social.

Não estou contra o Rendimento Mínimo ou Rendimento de Social de Inserção ou lá o que lhe quiserem chamar. Estou contra as políticas que fomentam a preguiça em vez do trabalho, e que tratam os cidadãos como menores que tem de ser auxiliados permanentemente pelo Estado. E é isto precisamente que está a suceder, quando se verifica que as taxas de crescimento deste subsídio sobem muitas vezes mais do que as taxas de desemprego.