sábado, setembro 30, 2006

Coisas do Douro


Conheço o Douro há cinquenta anos. A minha mãe era do Douro, assim como a sua família materna e paterna. Sou um apaixonado pelo Douro.

Adoro o clima, as vinhas em socalco, as curvas da estrada e as subidas impossíveis, as paisagens grandiosas, o cheiro a lagar, os matos, as perdizes a assobiar, a lama nos caminhos depois da chuva, o pôr do sol no rio. E como todos os apaixonados só lhe vejo as virtudes, nunca os defeitos.

Entre os muitos e muitos vinhos que provei esta semana numa visita guiada (por um amigo) a várias quintas do Douro, bebi um extraordinário vinho do Porto LBV 2001 da Quinta da Pacheca (uma novidade em vinhos do Porto porquanto só o fazem desde 2001, e pela mão da Maria Serpa Pimentel, um vinho cheio de espírito, e jovialidade), e bebi um não menos extraordinário monovarietal touriga nacional feito pelo Joaquim Morais Vaz, chamado de Quinta da Portela da Vilariça, ano de 2001, um nome que não ajuda a fixar, mas um vinho que coloco já entre os cinco maiores do Douro que alguma vez provei.

Fiquei a dormir na Quinta Nova de Nª Sª do Carmo, entre a Régua e o Pinhão, um Hotel Rural muito agradável e com um excelente serviço, pertencente ao Grupo Amorim. Acho o Hotel Vintage demasiado relais chateau para o Douro.

Um voto: que os vinhos do Douro saibam resistir à parkerização e uniformidade, ao excesso de madeira, aos blends com variedades importadas. São dos melhores vinhos do mundo, mas parece-me que há muita tentação de "modernices" pelo Douro.

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domingo, setembro 24, 2006

Politicamente incorrecto extremamente eficaz

sexta-feira, setembro 22, 2006

ONU: a compra dos votos

Sabiamos que na ONU se compram votos para entre outras coisas ser eleito para a Comissão dos Direitos Humanos.

Ficamos a saber agora que também se compram votos para ser membro do Conselho de Segurança.

É isso mesmo que fez Hugo Chavez no seu périplo mundial que o levou a visitar na semana passada democracias como Cuba, Angola, Benim, Bielorússia, Síria, Irão, China e Vietnam, entre outros países.

O fecho do grand investment tour foi feito esta semana em Nova Iorque, no pódium da ONU, onde Chavez deu espectáculo ao benzer-se apodando Bush de diabo, e ao criticar o Conselho de Segurança da ONU por estar subjugado ao poder do Ocidente. Chavez quer desesperadamente esse lugar que competia por rotatividade à Guatemala, e parece-me que o vai conseguir. O dinheiro tem muita força.

Sabemos bem o que virá a suceder no futuro. A irrelevância e inoperânciada ONU. A necessidade irreprimível de alguns países do ocidente de conduzirem a sua politica externa à margem da ONU. A crítica dos média ocidentais. E o que mais se verá.

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domingo, setembro 17, 2006

Bene Dictum

Tambem a propósito da morte de Oriana Fallaci,

"So, yes, we know the asymmetrical rules: a state run-paper in Cairo or the West Bank, a lunatic Iranian mullah, a grand mufti from this or that mosque, can all rail about infidels, “pigs and apes”, in language reminiscent of the Third Reich—and meet with approval in the Middle East and silence in the West. But for a Westerner, a Tony Blair, George Bush, or Pope Benedict to even hint that something has gone terribly wrong with modern Islam, is to endure immediate furor and worse. In short, no modern ideology, no religious sect of the present age demands so much of others, so little of itself.

In matters of the present war, I have given up on most of the neoconservatives, many of whom, following the perceived pulse of the battlefield, have either renounced their decade-long, pre-September11 rants to remove Saddam (despite the 140,000 brave souls still on the field of battle who took them at their word), or turned on the President on grounds that he is not waging the perfect fight and thus is not pursuing the good war. The Paleo-right is as frightening as is the lunatic Left. My old Democratic party is long dead, their jackals trying to tear apart the solitary and stumbling noble stag Joe Liebermann, the old center taken over by the Kerry and Soros billionaires, and the guilt-ridden academic, celebrity and media cadres.

So we really are left with very little in these pivotal times—the will of George Bush, of course, the Old Breed unchanged since Okinawa and the Bulge that still anchors the US military, the courage and skill of a very few brave writers like a Hitchens, Krauthammer, and the tireless and brilliant Mark Steyn, but very, very few others. No, this is an age in which we in the West make smug snuff movies about killing an American President, while the Taliban and the Islamists boast of assassinating the Pope.

So long may you run, Ms. Fallaci, you who by now have learned that, yes, there is a soul, and, yes, yours was indeed saved for eternity if only for its singular courage and honesty alone. And dear Pope: clarify, contextualize, express sorrow over the wrong interpretation of your remarks, but please don’t apologize for the Truth—not now, not ever."

Victor Davis Hanson, Works and Days, Sep. 16, 2006

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quinta-feira, setembro 14, 2006

Teorias conspirativas sobre o Onze de Setembro

Ultimamente tem aparecido menos gente a garantir ter visto o Elvis Presley a passear incógnito pelas ruas de Memphis. Todos os outros se mudaram para um novo mistério que tem a ver com o planeamento por Bush e seus capangas da destruição com misseis e rebentamentos retardados, das torres gémeas em Nova Iorque, e a subsequente destruição de quase três mil vidas humanas.

Respondam-me por favor a estas simples perguntas:

1. Porque ainda está vivo tendo conseguido mesmo montar o filme, Dylan Avery, o autor do "Loose Change"? Terá Bush cometido um erro fatal em não o ter também mandado matar?

2.
Que se passará na cabeça de Ossama Bin Laden, o homem que está convencido que foi ele quem mandou deitar abaixo as torres? Será que está a viver em plena paranoia?

3. Que aconteceu aos aviões e aos seus passageiros todos desaparecidos do ceu da América? As famílias aguardam angustiadas.

4. Qual foi o móbil do crime?

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terça-feira, setembro 12, 2006

Anilhagens (2)

Para saber mais sobre o como e porquê das anilhagens veja aqui.

Há uma organização que coordena as anilhagens em Inglaterra que se chama BTO - The British Trust for Ornithology e que é responsável por mais de oitocentas mil anilhagens que se fazem anualmente no Reino Unido. Em Portugal o número não chega infelizmente aos vinte mil.

Se por acaso achar uma ave morta, reporte o achado aqui (em português).

Em cima, um belo exemplar de Pintassilgo, Carduelis carduelis, e abaixo mais uma foto do mocho galego Athene noctua capturado.

Ambas fotos da Anne Louise.

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911

In memoriam

Aqueles que julgam que o 11 de Setembro de 2001 foi um dia como outro qualquer, que pensem no que estavam a fazer nesse dia quando viram ou ouviram as notícias. Se souberem a resposta, é porque essa data os marcou definitivamente. Só guardamos essa memória com acontecimentos verdadeiramente marcantes para a nossa vida.

NB:
- Também aqueles que criticam George W. Bush por ser o causador de todos os males do mundo, lembrem-se que ele não foi eleito para governar o mundo, nem sequer para nos agradar, mas exclusivamente para governar a América e agradar aos americanos. Estes tem de lhe estar gratos por há cinco anos não sofrerem um atentado no seu território. E a Dick Cheney, que na sombra tem corrigido muitos dos disparates do W.

- Ouvir
a ignorância vergonhosa do Dr. Mario Soares a falar sobre as causas do terrorismo é simplesmente patético.

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sexta-feira, setembro 08, 2006

Anilhagens na Lagoa de Santo André


Um grupo de ingleses - na foto da esq. para a direita: Michael Armelin, Afonso, John, Chris e Peter (sentado) , - vem há mais de vinte anos, e todos os anos sem falta, a Portugal anilhar pássaros, trabalhando gratuitamente para o ICN.

O seu conhecimento das aves migratórias e residentes no nosso território é impressionante, e foi um grande prazer estar com eles e aprender a complexidade do trabalho que efectuam.

Absolutamente fascinante para qualquer amante da natureza, ver anilhar, verificar a idade, o peso, o sexo, e o índice de gordura de cada exemplar capturado, e preencher as tabelas com a informação necessária.



John segurando uma Alvéola amarela, Motacilla flava.










À esquerda, um Rabiruivo de testa branca, Phoenicurus phoenicurus, juvenil, invernando em África, exemplar raro de ser observado.


Á direita um exemplar juvem de uma Toutinegra dos valados, Sylvia melanocephala.










E à esquerda uma Trepadeira comum, Certhia brachydactyla.






E finalmente um Mocho galego, Athene noctua, mais um belo exemplar entre os mais de duzentos capturados em dois dias de anilhagens.

Obrigado ao ICN que aqui faz um trabalho exemplar.

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sábado, setembro 02, 2006

O Islão é uma religião de paz

Eles conquistaram o Norte de África aos cristãos a partir do ano da graça de 635, conquistaram Jerusalém e o Santo Sepulcro em 638, mas o Islão é uma religião de paz. Conquistaram a católica Península Ibérica em 711, destruíram conventos e mosteiros, mataram as freiras e monjes, e raptaram as mulheres judias e cristãs para os seus haréns, e só saíram, expulsos, 700 anos depois, mas o Islão é uma religião de paz. Invadiram a muito católica França e mataram toda a gente em Narbonne e Carcassone, subiram até Poitiers onde finalmente foram parados, invadiram o sul da Itália onde ficaram duzentos anos, subiram até Roma, queimando todas as cidades pelo caminho, mas o Islão é uma religião de paz. Passaram os Alpes e foram até à Provença que ocuparam e subjugaram. Fácil, fácil, quem não é muçulmano tem de pagar impostos. Os europeus finalmente unidos expulsaram os muçulmanos e ocuparam a Terra Santa (que horror que foram as Cruzadas, a reconquista pelos cristãos de um território que era anteriormente seu), mas já em 1356 os muçulmanos atacaram os Dardanelos conquistando a Trácia, a Macedónia e a Albânia. Em 1453 tomaram Constantinopla, e que inesquecível foi a tomada de cidade: mataram queimaram toda a população, a começar pelas crianças a quem cortaram a cabeças para apagar com elas as velas da Catedral que foi transformada numa Mesquita (assim como todas as outras igrejas da cidade), mas atenção porque o Islão é uma religião de paz. O imperador Otomano atacou a Hungria em 1526 e chegou a Budapeste, e em 1520 já estava às portas de Viena. Entretanto venderam três milhões de europeus com escravos nos mercados do oriente. O Islão é uma religão que não reconhece separação possível entre o poder temporal e o poder religioso. Não reconhece qualquer lei que não venha explicitamente escrita no Corão, o prório livro ditado pela pessoa de Deus ao profeta Maomé numa caverna, mas o Islão é uma religião de paz. O Islão não reconhece sequer a Declaração Universal dos Direitos do Homem, porque o Islão é uma religião de paz e não precisa dessas banalidades. Eles estão-se a matar entre si no Iraque, no Sudão, na Etiópia, na Somália, nas Filipinas, no Paquistão, no Afeganistão, na Indonésia e até agora na Tailandia, mas o Islão é uma religião de paz.

Os europeus, que não fazem filhos, mas querem manter as regalias do estado social que criaram baseado na circunstância de as gerações mais novas pagarem as reformas das gerações mais velhas, vêem-se obrigados a importar muçulmanos ou africanos (pois quem mais quer emigrar para a Europa de hoje senão os passa-fome?) para trabalhar. Os muçulmanos, uma religião de paz, em que as pessoas se reproduzem como coelhos, onde a poligamia é natural, onde as mulheres não tem direitos, nenhuns direitos, onde o juro é considerado pecado, serão possivelmente uma maioria entre nós, conseguindo finalmente o objectivo de dominar o Califado Europeu. Na Europa já são sessenta milhões, 25 milhões dos quais na Comunidade Europeia, mais ou menos 10 por cento da população, com uma taxa de natalidade tripla da dos europeus. É só fazer as contas.

E nós? O Islão é uma religião de paz, é a nossa litania. Estamo-nos a preparar para aceitar (Inglaterra e Holanda já estiveram mais longe) que a sharia seja aplicada para já, nas relações entre as pessoas muçulmanas, e mais tarde entre todos nós. Como é possível que após a conquista do Estado de Direito, seja possível sequer discutir o regresso à barbárie? Se não é para isso, para quê então se estuda a História?

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