domingo, março 25, 2007

Cinquenta anos de integração europeia

Cinquenta anos sem guerra civil, cinquenta anos de modesto progresso económico dedicados a transformar a sociedade europeia num futuro centro turístico para asiáticos ou americanos, mas cinquenta anos de paz. Cinquenta anos sem ambição1 que não seja a de fazer crescer o estado dito social, mas cinquenta anos de livres movimentos de pessoas e de capitais, que poderão transformar Portugal, um dia, num país civilizado.

A Europa tem um grave problema económico (crítica do capitalismo, mas sem que alguém apresente qualquer alternativa plausível, a Europa não se pode surpreender da sua crónica falta de crescimento), demográfico (envelhecimento da população e falta de natalidade), religioso (feita pelo cristianismo tornou-se laica e excessivamente tolerante para com todas as religiões em plano igual), político ( sem líderes e sem identidade própria, e sem saber qual o seu lugar no mundo).

Apesar disso ninguém, sobretudo por aqui, pode ser crítico hoje da ideia da Europa. A Europa é o nosso futuro colectivo, e é a única coisa que temos. E se continua a saber a pouco a culpa é exclusivamente nossa.


1. Estão quase a passar dois anos sobre o não francês e holandês à constituição europeia e não há nada para apresentar ou discutir de novo.
Não há memória de uma potência económica ter sobrevivido aos seus competidores sem apresentar uma forte componente militar. Estamos longe disso.

quarta-feira, março 21, 2007

A Grande Fraude sobre o Aquecimento Global

A ver absolutamente. O negócio atingiu o quatro mil milhões de dólares em subsídios anuais só nos Estados Unidos. Pelo seu gigantismo este novo fenómeno já adquiriu aparências bíblicas, e por isso não admira que seja temido e respeitado por políticos e organismos afins. É uma nova religião que está a surgir nesta fase de desencanto com o marxismo.

Três Ideias pré-concebidas sobre as causas do Terrorismo

1. O Terrorismo é filho da pobreza e da exclusão social, blá, blá, blá.

Se assim é como se explica que na maioria dos países pobres não haja terrorismo?

2. O Terrorismo tem exclusivamente causas políticas.

Se assim é como explicar esta notícia:

Insurgents in Iraq detonated an explosives-rigged vehicle with two children in the back seat after US soldiers let it through a Baghdad checkpoint over the weekend, a senior US military official said Tuesday.

The vehicle was stopped at the checkpoint but was allowed through when soldiers saw the children in the back, said Major General Michael Barbero of the Pentagon's Joint Staff.

"Children in the back seat lowered suspicion. We let it move through. They parked the vehicle, and the adults ran out and detonated it with the children in the back," Barbero said.

"It killed the two children inside as well as three other civilians in the vicinity. So, a total of five killed, seven injured," the official said.

3. O Islão é uma religião que professa a paz.

Se assim é porque não se vêem chefes islamistas, a) a condenar quaisquer actos terroristas e b) a repudiar os versículos do Corão que incitam à violência praticada contra os não crentes, como demonstram os inúmeros exemplos do nosso quotidiano recente na Tailândia, (contra o Budismo), em Israel, (Contra o Judaísmo), na Índia, (contra o Induísmo), nas Filipinas, (contra o Cristianismo).

domingo, março 18, 2007

Na Ota procure-se o móbil do crime

Muito se tem falado sobre a escandalosa decisão deste governo, ou melhor do "compromisso pessoal" do Ministro Mário Lino, de iniciar a construção de um novo aeroporto num local sem absolutamente nenhumas condições para tal como hoje sabemos que é a Ota.

O absurdo é tal, que se afirma à boca pequena que se deveria averiguar a quem pertencem os terrenos onde vai ficar o novo aeroporto.

Não creio que se deva ir por aí. O que se está a passar com o caso a Ota, é simplesmente uma negociata monumental de projectos, estudos, gabinetes, onde estão envolvidos todos os tentáculos do polvo que nos consome. E quantas mais forem as dúvidas e dificuldades, mais projectos e estudos, e quantos mais estudos, maior a contestação e logo mais estudos. Se se tivesse decidido por um local sem problemas que faria a catrefa de malandros que vive há custa do projecto?

E a teia que se montou é de tal modo gigantesca que vai ser difícil encontrar um português que não venha a beneficiar de um modo ou de outro do novo aeroporto da Ota, tornando assim a decisão irreversível.

Exige-se por isso ao Presidente da República que exponha pública e definitivamente a sua opinião sobre o assunto. Muito rapidamente.

sexta-feira, março 16, 2007

Contra a Censura na Internet

Lista de países que fazem censura na Internet:

Arábia Saudita * * *

Bielorússia *

Birmânia *

China * *

Coreia do Norte *

Cuba * *

Egipto *

Irão *

Síria * *

Tunísia *

Turcomenistão *

Uzbequistão * *

Vietname

* Países que fazem parte da Comissão para os Direitos Humanos da ONU.

* Países que a Freedom House considera como "the Worst of the Worst".

* Países em que a religião oficial é o Islão.

terça-feira, março 13, 2007

Contra isto ninguém grita?

Escrevi aqui neste blogue em Janeiro deste ano e aproveito para repetir, repetir, repetir à saciedade que o maior desafio deste século é mesmo o da lenta, progressiva e asfixiante restrição da Liberdade. Escrevi-o a propósito da operação de caça à multa à paisana organizada pelo Dr. Costa nosso ilustríssimo Ministro do Interior, digo da Administração Interna.

Volto a levantar a minha pequena voz desta vez contra a perigosa e peregrina ideia de juntar as polícias, serviços secretos e investigação judicial debaixo da mesma alçada. Lamento que os cem mil que se manifestaram recentemente contra a governação não o tenham feito por causa disto que considero ser o maior ataque às liberdades individuais depois do 25 de Abril.

Se esta ideia viesse de um qualquer governo de direita, seriamos garantidamente inundados com publicidade antifascista, e revolta generalizada das oposições, e só tenho a lamentar que tanto o PS como o PSD ou o CDS fiquem calados sobre este assunto, ou que a sua voz não tenha chegado aos jornais, o que dá no mesmo. Não está em causa a pessoa deste ou de outro Ministro. Está em causa, como sempre, a nossa liberdade e o excessivo poder que o Estado já tem.

E aproveito para recordar (e me recordar), que as maiores atrocidades da história da humanidade foram todas cometidas por Estados e não por indivíduos, e que as Constituições existem para proteger os indivíduos do poder excessivo do Estado e não para proteger os indivíduos uns dos outros. Parece que andamos todos esquecidos disto.

segunda-feira, março 12, 2007

Ser de Esquerda

A atracção que oferece a esquerda é muito simples: oferece alguma coisa por preço nenhum. A riqueza dos outros normalmente.

domingo, março 11, 2007

O Jornalismo é de Esquerda

Numa sondagem do IFOP que apareceu hoje em França, François Bayrou surpreende a imprensa e aparece ao lado de Ségolaine Royal nas intenções de voto com 23%. Em primeiro lugar continua Nicolas Sarkozy com 28% das intenções de voto.

Digo que surpreende a imprensa, porque os jornalistas não gostam de ver a esquerda eliminada à primeira volta, como não gostaram no passado de ver os franceses colocar Le Pen na segunda volta das presidenciais contra Chirac.

Os jornalistas vivem tão intensamente a sua ilusão de sociedade que nem sequer se escusam a declarar depois que "os franceses votaram mal" ou que estão "equivocados". Por enquanto a desculpa é a de que esta eleição se transformou num plebiscito a Sarkozy, o que explica a descida de Royal, porquanto Bayrou parece ser o único candidato capaz de bater Sarkozy à segunda volta.

Boa desculpa.

Mas a pergunta fica: porque são os jornalistas maioritariamente de esquerda? E porque nos dão uma imagem da realidade que não corresponde à realidade? Porque se equivocam quase sempre? Porque vivem numa ilusão permanente, num circuito fechado, (ainda que a nível global), onde se lêem e se criticam uns aos outros como se mais nada importasse? E finalmente porque não tem consciência disso?

Em primeiro lugar há que reconhecer que o jornalismo é uma indústria, a indústria das notícias, de vender jornais ou de vender imagens. Esses jornais e essas imagens são transformadas em receitas de publicidade, e com essas receitas são pagos os salários.

Não há um dia em que se abra a TV ou um periódico e se não vejam notícias sobre os carros-bomba no Oriente Médio, desastres de comboio na Índia, tsunamis no Japão, crianças maltratadas por todo o lado, serial killers perseguidos pelas policias, tudo o que tenha muito sangue e apele à emoção. Como indústria que é, quando não tem matéria prima fabrica as notícias, ou exagera aqui e ali. O jornalista tem que vender notícias para que as pessoas comprem e os anunciantes invistam nesse media.

O facto de se pensar que se está a influenciar a opinião de milhões, ao entrar na intimidade de cada um, porventura imbuído de uma missão de esclarecimento e de educação das massas, dá aos jornalistas uma auto-estima que está muitos pontos acima do seu valor real para a sociedade. Mas como vivem em circuito fechado e só se lêem e ouvem uns aos outros, para eles é suficiente.

A sociedade moderna é reflectida no mercado. O mercado não atribui aos jornalistas (e de um modo geral às chamadas profissões intelectuais) o valor que os próprios julgam ter, porque o mercado é pragmático e paga a cada um de acordo com a sua contribuição para as necessidades do mesmo mercado. Um intelectual, só pelo facto de ser intelectual, não é melhor reconhecido pelo mercado do que alguém que produz bens ou serviços que são valorizados e comprados pelas pessoas. Um intelectual que "vende" muita informação, esse sim tem o reconhecimento do mercado e o seu valor é reconhecido monetariamente - que é o modo mais justo como o mercado reconhece o valor. Mas esse por definição é a excepção.

Poderá dizer-se que este sistema de valorizar as coisas pelo seu valor de mercado é injusto, e de facto parece ser. Mas é o menos injusto sistema que se conhece. Qualquer outro passa por uma decisão (pessoal ou de comité), menos democrática, e mais passível de julgamento subjectivo do tipo "eu/nós achamos que este senhor tem mais valor do que aquele e portanto deve ser melhor reconhecido pela sociedade".

Mas este sistema, que é o menos injusto, cria naqueles que não lhes reconhecem as virtudes, a sensação permanente de injustiça. Os falsos ou verdadeiros injustiçados, são os melhores contribuintes para as hostes da esquerda. Só aí se sentem bem, porque a principal característica do pensamento de esquerda é o permanente descontentamento com o estado da sociedade, qualquer que este seja, e o desejo de a substituir constantemente por outra.

terça-feira, março 06, 2007

A Estratégia de Lisboa

Johan Norberg lembra-nos hoje que só faltam três anos para se concluir a Estratégia de Lisboa, essa esplendorosa e magnífica ideia de António Guterres, cuja implementação iria levar a Europa a ultrapassar os Estados Unidos no ano de 2010. Confesso que nessa altura fui dos que gozou com a ideia e com as viagens, estudos, convenções e tratados a que deu origem.

Ele até fez as contas. Bastará para isso a Europa crescer a 8% ao ano durante os próximos três anos.

domingo, março 04, 2007

Mais notícias sobre Al Gore

Em Junho do ano passado quando escrevi aqui neste blog que considerava Al Gore um pedante, um idiota, interroguei-me no ultimo parágrafo se o novo pregador da nova religião da pegada ambiental mínima, praticava ao menos a sua prédica.

Al Gore foi muito louvado pelo seu filme "Verdade Inconveniente", que se pode resumir como sendo um filme sobre uma conveniente mentira , a mentira de de que é o homem o responsável pelo aquecimento global do planeta, e que se investirmos algumas centenas de biliões de dólares em empresas como a sua própria Generation Investment Management LLP, conseguiremos parar com o aquecimento global. Hollywood que adora ganhar dinheiro fazendo-nos chorar de emoção, idolatrou o homem, tendo-lhe mesmo concedido um Óscar. Ele é hoje um ícone da esquerda bem pensante.

Como todos os hipócritas, Al Gore fala uma coisa e pratica outra. Soube-se agora que o consumo de electricidade da casa do Sr. Gore foi durante o ano de 2006 de 221.000 Kwh, um valor que corresponde ao consumo médio de cinquenta e uma famílias portuguesas (uma aldeia). Não são dez famílias, são mesmo cinquenta e uma famílias. Al Gore consome cada mês o que cada português consome em quatro anos!

sexta-feira, março 02, 2007

Sobre a OPA da Sonaecom sobre a Portugal Telecom

Acabo de saber pelo Telejornal que a maioria dos actuais accionista da PT votou contra a desblindagem dos estatutos que permitiria ouvir a voz de todos os accionistas da empresa nesta OPA, e não apenas a voz dos grandes tubarões. Business as usual, cada qual defende o seu covil.

Surpreendente mesmo é o voto da CGD, banco do estado, que votou contra. A CGD devia se ter abstido, ou até votado contra, se o estado tivesse como devia ter, algum papel moralizador na sociedade. Mas não, o estado não dá o exemplo, e o accionista estado age como os demais defendendo também o seu covil. Vai ser uma vergonha ler nos jornais estrangeiros de amanhã a crítica do capitalismo sui generis que temos em Portugal.

Quem sai a ganhar?
Claramente os grandes accionistas da PT que conseguiram ver o Conselho de Administração oferecer-lhes condições, que muitos garantem serem absolutamente impossíveis de cumprir. Em segundo lugar e a muito curto prazo os pequenos accionistas da PT.

Quem sai a perder? Em primeiro lugar parece ser a Sonaecom. O Engº Paulo Azevedo não vai poder ter o seu brinquedo para tapar o buraco da Optimus, mas conseguiu fazer mossa suficiente para que seja vendida a PT Multimédia. Mas quem sai mesmo, mesmo a perder é o cliente da PT, porque esse sim vai pagar a factura por inteiro. Os dinheiros adicionais prometidos tem de sair do bolso de alguém, e esse alguém só pode ser o cliente.

Não contem comigo para ajudar. Há já uma semana que deixei ser cliente da PT.

quinta-feira, março 01, 2007

À volta da Evolução

Quando Charles Darwin embarcou em 1831 com a magnífica idade de 21 anos, na celebríssima viagem do Beagle que o levou durante cinco anos a dar uma volta ao mundo, foi levado a concluir pelas observações geológicas e morfológicas do território que visitou no interior da cordilheira dos Andes, que a Terra era certamente muito mais antiga, muitos milhões de anos mais antiga, do que a teoria corrente baseada nas descrições da Bíblia, então proclamava.

Foi esse talvez o primeiro passo que o levou a entender como é o tempo o principal motor da acção da evolução sobre as espécies, e, duas décadas mais tarde, a escrever a Origem das Espécies, onde descreve a Teoria da Evolução pela Selecção Natural, o livro definitivo, (se há algo que na ciência se possa chamar de definitivo), sobre a origem da vida e da razão porque aqui estamos.

A Teoria da Evolução pela Selecção Natural (é sempre importante relembrar o nome completo da teoria), postula o seguinte:

Porque cada individuo de qualquer espécie é ligeiramente diferente de todos os outros, fruto da diferença genética existente em cada individuo, existem necessariamente alguns indivíduos mais aptos para sobreviver na luta quotidiana pela procura de alimento e por esse motivo mais capazes de procriar do que outros, num determinado meio ambiente. Chama-se a isso de selecção natural.

Como o meio ambiente muda constantemente e alguns indivíduos se adaptam melhor que outros, procriam mais, sendo as adaptações cumulativas na sua progenitura fruto da herança genética. Chama-se a isso de evolução.

Com o passar das gerações sobrevivem os indivíduos mais bem adaptados, que vão constantemente mudando de acordo com o seu entorno ambiental. Passam-se milhares ou milhões de gerações. Dá- se a especiação, pela qual se distinguem as espécies, cada uma ocupando um nicho especial. Chama-se a isso de evolução pela selecção natural.

Até há poucos anos pensava-se que se notavam os efeitos da especiação apenas ao longo de milhares senão milhões de anos. Num livro recentemente traduzido para português, O Bico do Tentilhão, (ed. Caminho, Lisboa 2006, 460 páginas), o jescritor Jonathan Weiner conta-nos a história do casal Rosemary e Peter Grant que na ilha de Daphne nas Galapagos observou durante dez anos as modificações sofridas no sistema alimentar e no próprio tamanho e forma do bico dos tentilhões das Galápagos, do género Geospiza, provocadas por extensas secas que então se verificaram. Observaram aquilo a que chamaram de evolução ao vivo num período de tempo ínfimo na escala geológica.

Cada espécie vai evoluindo de uma forma divergente conforme se vai adaptando ao meio ambiente. (Também existe por vezes evolução convergente ou ainda evolução paralela, cuja definição deixo para mais tarde). Contrariamente ao que é muito propalado nos meios não científicos, a Teoria de Darwin da Evolução pela Selecção Natural não resulta de especulação filosófica ou outra. Resulta da observação de factos concretos comprovados cientificamente e de predições que se realizam. Darwin sempre disse que a sua teoria cairia por terra se se descobrisse um fóssil humano do tempo dos dinossauros.

Uma vez confrontado com uma orquídea que lhe ofereceram proveniente de Madagáscar, ilha que infelizmente Darwin não visitou na sua volta ao mundo, tendo curiosamente visitado a ilha de Reunião, muito perto, Darwin escreveu o seguinte texto:

"A Angraecum sesquipedale, da qual as suas seis flores irradiam como estrelas de cera cor de neve, que tem excitado a admiração dos viajantes por Madagáscar, não deve ser descurada. Um longo depósito de néctar de cor verde com a forma de chicote e com um comprimento extraordinário, está pendurado a seguir ao labelo. Em muitas das flores que me foram enviadas pelo Sr. Bateman encontrei nectarinos com mais de onze e meia polegadas de comprimento, apesar de só a primeira polegada e meia estar cheia de néctar. Perguntar-se-há para que serve um tão longo nectarino de tamanho tão desproporcionado. Penso que veremos que a fertilização da planta depende deste comprimento, e de o néctar estar apenas contido na sua parte estreita e inferior. É todavia surpreendente que qualquer insecto possa ser capaz de alcançar o néctar. As nossas borboletas inglesas conseguem ter a probóscide tão comprida quanto o seu corpo. Mas em Madagáscar deve haver borboletas com a probóscide entre dez e onze polegadas de comprimento! Esta crença que eu tenho, tem sido ridicularizada por alguns entomologistas, mas soubemos agora por Fritz Muller que há uma traça no sul do Brasil, com uma probóscide quase do mesmo comprimento."

No ano seguinte uma traça com uma probóscide de 30 centímetros (doze polegadas), foi descoberta em Madagáscar! Puseram-lhe o nome de Xanthopan morgani praedicta em honra da predição de Darwin.

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